terça-feira, julho 17, 2007

"Ilustração, No. 109, July 1 1930 - 33 e 34"

A Quinta da Lameira, no Reguengo, numa revista de 1930 descoberta e transcrita do blog "Ilustração Portuguesa"




segunda-feira, julho 16, 2007

Portalegre, Angola

Já lá vão mais de 10 anos desde que estabeleci os primeiros contactos com a comunidade Brasileira de Portalegre em Rio Grande do Norte através de Francisco Marcelino Júnior. Foram momentos muito interessantes os que vivi, ainda estudante universitário, percebendo que se tratava de uma Portalegre completamente desconhecida dos Portalegrenses de Portugal. De imediato dei a conhecer este facto às autoridades locais e fiz um artigo que foi na altura publicado no Jornal Fonte Nova. Embora tenha continuado a manter contactos pontuais nada se fez até ao dia em que alguém, no mesmo jornal Fonte Nova e poucos anos depois faz a mesma descoberta. Dei todos os meus contactos e informações, dei as imagens os e-mails e os postais e então rapidamente se organizou uma comitiva de ilustres, da qual obviamente não fiz parte, que se deslocou ao Brasil e promoveu a geminação das duas comunidades.
Embora rapidamente tenha sido excluído da história continuo a orgulhar-me por saber que estive na sua origem e continuo a ter a esperança de um dia ter dinheiro para visitar pelos meus meios Portalegre no RGN.

Hoje acho que encontrei algo também interessante!



Vou continuar as minhas buscas, se alguém tiver mais informações eu agradeço.

Salvem as pinturas do Calvário de Amieira

Porque existem tantas situações destas e porque é preciso repeti-las em voz bem alta, junto a minha voz à de Ana Paula Horta via o blog Terra das Jans e transcrevo o seu justo protesto. É preciso salvar as telas do Calvário de Amieira do Tejo.

As pinturas do Calvário de Amieira
Exmo senhor director do Jornal de Nisa



Venho por este meio enviar-lhe fotocópia da carta que enviei ao Instituto Português de Conservação e Restauro, no dia 6 de Março, não tendo ainda obtido respostas, embora não tenha perdido essa esperança.
Sem dúvida que aquelas duas pinturas (telas) do Calvário de Amieira do Tejo merecem ser restauradas, e como a união faz a força, temos de nos unir, não podemos cruzar os braços, nem calar a nossa voz.
Só falando e divulgando é que poderemos chegar a algum lado e quem sabe, tocar no coração de quem de direito.
Sem mais, agradeço a sua paciente atenção, o meu muito obrigado e um Bem-Haja!

Ana Paula Horta






Carta ao Instituto Português de Conservação e Restauro
Exmos senhores

Venho por este meio dar o meu testemunho e manifestar a minha tristeza em relação a um caso que passo, de seguida, a citar.
Sou filha de uma pacata aldeia do Alto Alentejo, chamada Amieira do Tejo, do concelho de Nisa, distrito de Portalegre.
É uma aldeia tranquila, onde se respira paz, onde ainda se dá os bons dias a toda a gente, pois tudo se sabe e todos se conhecem.
Em Amieira do Tejo, minha terra natal, existe uma igreja chamada Calvário. É linda, fica num ponto alto da aldeia onde é bastante fácil ser contemplada por qualquer um. É de uma verdadeira beleza arquitectónica, embora o seu aspecto interior vá deixando muito a desejar e isto, porquê?
No seu interior existem duas pinturas maravilhosas e, quem sabe, única, que infelizmente estão a desaparecer (apagar) aos poucos com o passar dos anos.
Não sou entendida no assunto, mas pergunto: será que ainda vão a tempo de serem recuperadas e restauradas?
No meu entender, a esta altura penso que ainda há uma luz no fundo do túnel que pode brilhar. Tenho esperança de poder ver aquelas imagens nítidas, de como as via em criança e me deixa tanta saudade. Na altura em que se fazia a procissão do Senhor dos Passos.
Meus senhores, dirijo-me a vós num grito de ajuda, como uma pessoa simples e humilde, sem saber se realmente me estou a dirigir ao sítio certo, embora presuma que sim.
Não sei se através de vós, alguém de direito e entendido no ramo, poderia ir pessoalmente verificar estas imagens e daí saber qual o caminho a dar-lhes: se, recuperá-las, enquanto à há tempo, ou, então, somente deixá-las morrer!
Meus senhores, o povo de Amieira merecia, sem dúvida, que as imagens do seu Calvário fossem recuperadas. Povo humilde e trabalhador que apesar dos fracos estudos e dos poucos conhecimentos que têm, sabem, no fundo, observar e sabem na verdade ver o que é belo, embora a beleza que agora observam nestas pinturas é de uma beleza que se vai apagando pouco a pouco, como um sopro de vento que por ali vai passando, prestes a tornar-se num ciclone, que se não for travado a tempo irá acabar em destruição.
Mas não é só o povo de Amieira que merece a restauração das pinturas do Calvário, mas sim todos nós, ele pertence-nos a todos. Os monumentos fazem parte das nossas vidas, da nossa história e no fundo, contam um pouco da nossa origem e nós não podemos deixar que ela se apague.

Como filha desta terra, Amieira do Tejo, gostaria muito que das próximas vezes que lá fosse e que numa das minhas idas ao Calvário para rezar, os meus olhos pudessem ver que algo já está diferente e que ao olhar para as pessoas que também o visitam, saíssem de lá satisfeitas com o que viam.
Caros senhores, este monumento existe e como tal merece que as suas duas pinturas interiores sejam restauradas, recuperadas e estou certa de que sendo vós uma entidade competente e sempre disponível para ajudar e encontrar solução para este tipo de problema, também irão dar encaminhamento a estas duas pinturas do Calvário de Amieira do Tejo.
Se for possível agradecia que me dessem uma resposta, seja ela qual for. Sem mais agradeço a vossa paciente atenção. Os meus sinceros cumprimentos e um Bem-Haja a todos os que fazem parte dessa entidade. Obrigado.

Ana Paula Horta


segunda-feira, julho 09, 2007

Combate de Negro e de Cães

in Jornal Fonte Nova

A companhia de Teatro de Portalegre está neste momento em fase de ensaios do espectáculo de teatro "Combate de Negro e de Cães", de Berbard-Marie Koltés, com encenação de Victor Pires e interpretação de Adriano Bailadeira, José Mascarenhas, Rui Ferreira e Verónica Barata. Com estreia marcada para dia 12 de Julho, pelas 21h30, no Centro de Artes do Espectáculo de Portalegre, onde irá estar nos dias 12, 13 e 14, passando depois para a Igreja do Convento de Santa Clara até final do mês de Julho, de Terça a Sábado.

Durante o desenrolar da peça, o espectador será testemunha de uma evolução psicológica profunda das personagens. O espectáculo fala-nos da desconfiança entre etnias, da mentira e das suspeitas existentes em todas as relações. Ser verdadeiramente humano é ter presente a noção de que todos, individualmente, fazemos parte de algo uno - a Humanidade.