sexta-feira, dezembro 01, 2006

Cantina Central do IPP pronta a estrear

Por Inês Galego in Jornal Fonte Nova

As novas instalações da Cantina Central do IPP já contam com todo o equipamento necessário para o arranque do seu funcionamento. Assim, e no âmbito das Comemorações do Dia do IPP foi feita a sua apresentação ao público, que ficou a cargo do arquitecto da obra, João Nuno Cardoso, e do engenheiro da mesma, João Milheiro, ambos funcionários do Gabinete Técnico do IPP.



Para Nuno Oliveira, presidente do IPP, a origem deste projecto inicia-se com a "dificuldade que existiu para assegurar uma maior oferta de alojamento", uma vez que "o número de alunos foi crescendo", explica. Assim, surgiram "diversas iniciativas" como "assegurar a ocupação oficial da residência do secundário que estava completamente sub-aproveitada, e praticamente ocupada por alunos PALOP" e que "quando o descobrimos de imediato contactámos a Direcção Regional de Educação do Alentejo", ou a "ocupação do primeiro andar da Casa de Saúde durante alguns meses não pagando renda" sendo a "contrapartida a recuperação de alguma parte daquele edifício" assegurando assim, "em articulação com a cantina que estávamos a construir na altura em Elvas", a "duplicação imediata da oferta de alojamento".



Neste sentido, "passámos a ter em vez de 200 camas cerca de 400, provocando um raciocínio em cascata", ou seja, ao "libertar-se a cantina da Escola Superior de Educação (ESEP)", e com a entrada em funcionamento da nova cantina, o espaço liberto é aproveitado para instalar salas de aula ou gabinetes de professores, que podem dar lugar "aos espaços que a ESEP está a ocupar na residência do secundário" e assim "aumentar a oferta de alojamento aos alunos como a oferta de alimentação", advoga o presidente do IPP.



A nova Cantina Central do IPP representa "a ocupação de um espaço que estava completamente devoluto na zona antiga da cidade", tal como o facto de se conseguirem "ultrapassar dificuldades" inerentes, entre outras, "à deslocação dos alunos para tomar as suas refeições na Escola de Saúde" ou o facto de "termos que ter vigilantes na ESEP e termos que abrir propositadamente para que os alunos atravessem a escola toda para chegarem à cantina", sublinha Nuno Oliveira.

Nuno Oliveira fez também referência ao terraço do novo edifício que contará com um estrutura exterior de acesso, o que significa que "quem quiser tomar as suas refeições não terá obrigatoriamente que utilizar o elevador, uma vez que "se não houver luz não terão possibilidade de o fazer", realça. Este espaço que "nós vamos procurar que esteja aberto durante 24 horas por dia", significa "uma realidade alcançada" mais uma vez "com o trabalho de jovens", e que só não fica marcada "com o almoço na nova cantina Central devido a terceiros", conclui.



O arquitecto João Nuno Cardoso explica, antes da apresentação de todo o processo de construção, que este "foi bastante difícil", devido a "pormenores técnicos de alguma complexidade". As dificuldades relacionaram-se "com a execução de uma obra num sítio destes", referindo que "a escavação chegou a ter seis metros de profundidade" dificultada por "estar encostada a um edifício com dois séculos", mas que "conseguimos trazer até este ponto".

João Milheiro, engenheiro da obra da nova Cantina Central do IPP, fez questão de realçar "a forma exemplar como este edifício foi projectado", tal como foi "adjudicado e os seus problemas inerentes". Foi devido "à grande vontade" da realização desta obra que se fizeram "as sondagens", que se "determinou o que iria ser feito" e "se avançou com o exemplar projecto de execução". O engenheiro refere que "é uma obra em que não se pode deixar nada para execução nem puxar nada para o lado", porque "o que está ao lado tem de estar", e isso "obrigou a equipa de projecto a um grande trabalho". Para João Milheiro a parte estrutural é hoje "um exemplo de estudo dos nossos alunos de Engenharia Civil".



Em relação às dificuldades salienta, entre outras, o facto "dos esgotos que passam aqui" e elogia "o cuidado de protecção" no decorrer da obra "que correu sem nenhum acidente". O engenheiro do Gabinete Técnico do IPP conclui e garante que "temos uma infra-estrutura operacional" que ainda não o é por completo "por razões alheias a nós".

A Cantina Central do IPP, cujo acesso principal é feito a partir da Rua da Sé, está dividida em três áreas: cave, piso 0 e terraço. Na cave está instalada a cozinha e salas de apoio, zonas técnicas, balneários para funcionários, zona de entrada de viveres e uma garagem. No piso 0 encontra-se o refeitório com 150 lugares sentados, zona de self-service, instalações sanitárias, dois monta-cargas de serviço e acesso a um elevador que permite a ligação aos Serviços Centrais do IPP. No terraço do edifício localiza-se a esplanada.

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